Na mira do MP, São Bento é única cidade do sertão em situação irregular no descarte de lixo

O município de São Bento continua enfrentando dificuldades em relação à destinação dos resíduos sólidos e apesar da intensa produção de lixo, não providenciou a instalação de um aterro sanitário, como preconiza a legislação, ameaçando mananciais de contaminação.

Apesar de ter desativado o lixão após assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta no Ministério Público Estadual, a cidade passou a usar um terreno que chama de transbordo, para levar o lixo para o aterro da cidade de Belém de Brejo do Cruz, alternativa que vem gerando transtornos.

Localizada inicialmente no bairro de São Bentinho, o acúmulo de lixo afetou a comunidade com a proliferação de insetos, roedores e da ocorrência constante de incêndios. Por causa disso, a área foi relocada há poucos dias para o terreno privado de um vereador ligado ao prefeito e pré-candidato a prefeito da cidade, na zona rural a poucos metros de vários mananciais da região.

A gestão municipal alega que não existe terreno disponível à venda e que a construção de um aterro é muito cara, e por isso destina o lixo para a cidade vizinho.

Mesmo com o acúmulo permanente de lixo no terreno, a gestão alega que se trata de uma área de transbordo onde os resíduos são colocados em contêiners até serem levados. A informação é rebatida pela população, principalmente dos moradores que moram nas proximidades. “Tem lixo em grande quantidade todos os dias a céu aberto neste setor, uma cidade do porte de São Bento que tem a indústria têxtil forte, precisa de um aterro, de que seja tomada a medida necessária para esta questão”, disse a autônoma Maria José dos Santos.

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