Trio é acusado de movimentar esquema de cédulas falsas em Campina Grande
Em Campina Grande, três pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) por integrarem uma organização criminosa responsável por colocar cédulas falsas em circulação no comércio local. A denúncia foi apresentada nesta segunda-feira (27) e acatada pela Justiça Federal na Paraíba, que tornou os suspeitos réus pelos crimes de organização criminosa e introdução de moeda falsa.
De acordo com o MPF, o grupo, formado por Arlan Ferreira, Paulo Henrique Carneiro e Carlos Alexandre de Lima atuava de forma articulada, com planejamento logístico, divisão de tarefas e uso de disfarces para despistar as câmeras de segurança. O esquema, conhecido como “derramamento de notas”, consistia em realizar compras de baixo valor em estabelecimentos comerciais, utilizando cédulas falsificadas para receber troco em dinheiro verdadeiro.
As notas apreendidas foram submetidas à perícia, que confirmou a falsificação e apontou a alta qualidade do material, capaz de enganar o cidadão comum.
As investigações revelaram que os suspeitos planejavam as ações com antecedência, definindo rotas, cidades e comércios mais propensos à prática criminosa. As comunicações ocorriam por meio de mensagens e áudios em aplicativos, inclusive em um grupo de WhatsApp criado poucos dias antes das fraudes.
Conversas interceptadas mostraram que o grupo pretendia expandir o esquema para outras cidades, como João Pessoa (PB), Caicó (RN) e Natal (RN). Em Campina Grande, parte das notas falsas foi colocada em circulação em um shopping da cidade, onde imagens de câmeras de segurança registraram a chegada conjunta dos denunciados em um veículo usado em outras ações semelhantes.
A investigação também apontou movimentações financeiras suspeitas em uma casa lotérica e transferências via PIX entre os envolvidos.
Se condenados, os três réus podem pegar até 15 anos de prisão pelos crimes de organização criminosa e introdução de moeda falsa.